
Antes de Implementar IA na Prefeitura, Preocupe-se com os Pontos de 5G
Quando falamos de inovações como inteligência artificial (IA) em prefeituras, é fácil imaginar robôs automatizando serviços ou chatbots resolvendo problemas instantaneamente. Mas há um obstáculo invisível que pode frustrar essas expectativas: a conectividade. Sem uma infraestrutura sólida de 5G, a promessa da IA pode ser apenas um sonho distante.
O que são os pontos de 5G e como eles funcionam?
Os pontos de 5G, conhecidos tecnicamente como “small cells”, são pequenas antenas distribuídas em diferentes áreas da cidade para garantir cobertura consistente e de alta qualidade. Diferente das grandes torres de 4G, as small cells são menores e podem ser instaladas em postes, prédios ou até em mobiliário urbano, como pontos de ônibus.
Esses pontos são responsáveis por transmitir os sinais de 5G, permitindo velocidades até 100 vezes mais rápidas que o 4G, com latência quase inexistente. Isso significa que a comunicação entre dispositivos conectados, como sensores e câmeras, acontece em tempo real. Sem essas antenas, as promessas do 5G, como cidades inteligentes e automação via IA, ficam comprometidas.
Por que as prefeituras precisam se agilizar?
A implantação de pontos de 5G não é apenas uma questão técnica, mas estratégica. Prefeituras que lideram esse movimento garantem independência tecnológica e criam uma infraestrutura robusta para sustentar inovações futuras, como automação de serviços e monitoramento inteligente. Além disso, uma rede 5G bem estruturada reduz a dependência das operadoras de telefonia, dando maior controle e segurança à gestão pública.
O papel do 5G nas inovações públicas
Imagine câmeras inteligentes monitorando o trânsito em tempo real, sensores ambientais identificando poluição em bairros específicos ou sistemas integrados que ajustam o consumo de energia automaticamente em prédios públicos. Tudo isso depende da conectividade 5G para funcionar de forma eficiente e sem atrasos.
Agora, o plot twist: muitas prefeituras estão implementando tecnologias avançadas, mas sem garantir que possuem acesso pleno a essa infraestrutura. O resultado? Dependência total das operadoras de telefonia, que podem limitar a autonomia da gestão pública.
Um exemplo inspirador:
Em São José dos Campos (SP), a prefeitura investiu na criação de uma rede própria de 5G, em parceria com empresas de tecnologia. Com isso, a cidade controla sua conectividade, sem depender exclusivamente das operadoras. Essa abordagem garante maior estabilidade e agilidade na implementação de projetos tecnológicos.
O que fazer para não ficar para trás?
- Planeje a instalação de small cells: Pequenas antenas de 5G espalhadas pela cidade garantem cobertura completa.
- Estabeleça parcerias estratégicas: Trabalhe com empresas de tecnologia para viabilizar a infraestrutura.
- Garanta um orçamento dedicado: O 5G deve ser tratado como prioridade em planos de modernização urbana.
Como resumiu o ex-presidente da FCC dos EUA, Tom Wheeler: “O 5G não é só uma rede mais rápida; é a espinha dorsal de todas as inovações digitais que estão por vir.”