A vez do áudio: como o conteúdo falado pode chegar onde o post não chega

A vez do áudio: como o conteúdo falado pode chegar onde o post não chega
Nos últimos anos, o consumo de conteúdo em áudio cresceu de forma impressionante. Podcasts, mensagens de voz e rádios online se consolidaram como canais de informação, entretenimento e proximidade. Para órgãos públicos, isso significa uma oportunidade única: alcançar públicos que dificilmente leem posts, mas que estão dispostos a ouvir. E o melhor? Esse formato cria um vínculo emocional mais forte que muitos vídeos.

Por que o áudio se destaca

Enquanto posts escritos disputam a atenção com dezenas de abas abertas e notificações no celular, o áudio acompanha o cidadão em momentos em que ele não pode ler ou assistir.
Portanto, seja no transporte, na caminhada ou enquanto prepara o almoço, o áudio ocupa espaços de tempo que outros formatos não alcançam. Além disso, a voz transmite tom, emoção e credibilidade de um jeito que textos frios dificilmente conseguem.

Como adaptar a comunicação pública para o áudio

Para aproveitar o potencial do áudio, é preciso planejar com a mesma seriedade usada em campanhas visuais. Isso inclui:

  • Definir um tom de voz coerente com a instituição, sem exageros formais.
  • Escolher formatos adequados: podcasts, pílulas de informação, entrevistas ou até mensagens de voz automatizadas no WhatsApp.
  • Manter clareza e objetividade, já que o ouvinte não tem apoio visual para complementar a informação.
  • Integrar o áudio a outros canais, reforçando campanhas que já estão no site ou nas redes sociais.

Quando bem executado, o áudio deixa de ser apenas um formato alternativo e se torna parte essencial da estratégia multicanal.

O diferencial da proximidade

Com a voz, é possível criar um senso de presença e atenção que nenhuma arte gráfica consegue transmitir sozinha. O cidadão sente que alguém está falando diretamente com ele, especialmente quando o conteúdo é segmentado por bairro, tema ou interesse.
Logo, essa personalização fortalece a percepção de que a instituição ouve e entende as necessidades da população.

O áudio pode gerar retorno imediato

No entanto, o que muitos não percebem é que o áudio pode gerar mais respostas rápidas que outros formatos. Uma mensagem de voz no WhatsApp com um link de confirmação de evento, por exemplo, têm taxas de resposta mais altas do que um post no Facebook.
Além disso, conteúdos falados podem ser facilmente adaptados para rádio comunitária, aumentando o alcance para públicos que ainda não estão plenamente conectados à internet.

Quer um exemplo?

Em 2024, a Prefeitura de Niterói lançou o NiteróiCast, seu podcast oficial, como uma iniciativa inovadora para ampliar a comunicação com a população. O projeto surgiu com o propósito de criar um canal direto de diálogo, apresentar de forma transparente as ações da gestão municipal e valorizar as histórias por trás das políticas públicas.

Os resultados obtidos confirmam o sucesso da iniciativa. Em pouco tempo, o NiteróiCast alcançou marcas surpreendentes, confira:

  • Foram 30 episódios publicados, 37 convidados, ultrapassando 500 mil visualizações orgânicas no Instagram.
  • No YouTube, os números também impressionam: mais de 200 mil visualizações, 13 mil horas assistidas e mais de 400 mil contas alcançadas.

Na Área Comunicação, temos orgulho de sermos pioneiros nessa iniciativa e de transformar ideias em projetos que geram resultados para a gestão pública e para a população.
Saiba mais sobre esse case que foi um sucesso clicando aqui.

Conclusão

A vez do áudio não é uma moda passageira, mas sim um movimento natural do consumo de informação. Para órgãos públicos, significa ampliar o alcance, fortalecer a conexão com o cidadão e ocupar espaços de atenção que antes ficavam vazios.
No fim, a questão não é se o áudio deve ser usado e sim quando você vai começar a usar e integrar esse formato na sua estratégia de comunicação.

Fontes

  • Edison Research (2024). The Infinite Dial: áudio digital no Brasil e no mundo
  • Spotify for Podcasters (2023). Como engajar ouvintes e aumentar o alcance de podcasts
  • Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Comunicação pública e mídias alternativas (2023)

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