Como tornar a comunicação oficial da prefeitura acessível para jovens digitais

Como Tornar a Comunicação Oficial da Prefeitura Acessível para Jovens Digitais

Como tornar a comunicação oficial da prefeitura acessível para jovens digitais é uma pergunta que ouvimos por aqui — e, sinceramente, ela chega sempre com a mesma inquietação:

“Eles não leem, não compartilham, não comentam. O que estamos fazendo de errado?”

Uma resposta curta: talvez você até esteja falando no idioma certo, mas no canal errado, no ritmo errado e/ou no formato errado.
A resposta longa, a gente mostra logo abaixo.

A primeira barreira: formato ≠ linguagem

É importante começar dizendo o óbvio: não basta estar nas redes sociais. Primeiramente, presença sozinha não resolve nada. E repostar arte institucional em carrossel no Instagram achando que vai “atingir a juventude” é receita para o esquecimento.

Sobretudo, os jovens digitais (e aqui falamos de quem nasceu depois dos anos 2000) não buscam apenas conteúdo leve — eles querem conteúdo funcional, direto, estético e interativo.

Além disso, o tempo de atenção está cada vez mais curto. Portanto:

  • Um post que leva mais de 5 segundos pra ser entendido será ignorado;
  • Uma linguagem distante ou excessivamente formal será rejeitada;
  • E um canal que só entrega conteúdo unilateral não cria vínculo.

O que realmente funciona com esse público?

Como agência especializada em digital, testamos, erramos, aprendemos e acertamos.
Logo, com base nisso, e lembrando que o digital está sempre se transformando e se reinventando, aqui vão 5 pilares que funcionam hoje:

1. Formato nativo de cada plataforma

Em primeiro lugar, for para o Instagram, pense em:

  • Reels com legenda grande e falas diretas;
  • Stories com enquetes rápidas;
  • Carrosséis com 3 ou 4 cards no máximo, sempre com gancho e CTA visual.

Bem como, se for para o TikTok, use:

  • Narrativas pessoais;
  • Bastidores reais da gestão;
  • Tendências adaptadas com propósito informativo.

2. Linguagem simplificada ≠ infantilizada

Aqui está o segredo: escrever como se você estivesse explicando para alguém da sua equipe, e não para uma criança.
Então, use:

  • Frases curtas,
  • Vocabulário comum,
  • E metáforas visuais.

Ainda assim, evite:

  • Jargões técnicos,
  • “Govês” institucional,
  • Ou frases genéricas do tipo “a prefeitura informa que…”.

3. Participação real e escuta ativa

Jovens interagem quando sentem que são ouvidos. Por isso:

  • Ative enquetes reais (com respostas que você realmente vai considerar);
  • Responda comentários com personalidade (e não com mensagens automáticas);
  • E, principalmente, apresente o resultado da participação (mostrar que você ouviu vale mais do que perguntar).

4. Estética importa, sim

Jovens julgam pela capa — e estão certos.
Logo, se o seu conteúdo parecer ultrapassado, genérico ou “fora de lugar” nas redes, ele será descartado sem culpa.

Portanto:

  • Use referências visuais da cultura digital;
  • Invista em identidade visual que converse com a linguagem da plataforma;
  • Use templates com consistência, mas sem engessar.

5. Narrativas que conectam, não que ensinam

Em vez de “ensinar” o que a prefeitura faz, mostre a transformação gerada.

Logo, “Reformamos a praça” vira: “O João voltou a jogar bola com os amigos porque agora a praça tem iluminação”.

O que não fazer

Vamos ser diretos:

  • Não publique PDF em story.
  • Não use linguagem de edital em card.
  • Não copie post da imprensa e cole na rede institucional.
  • E, por favor, não poste vídeo com 2 minutos de fala direta sem corte.

Você não vai educar o jovem. Você precisa dialogar com ele.

Conclusão: Comunicação jovem não é sobre “falar como jovem”. É sobre ouvir, testar e ajustar.

Como tornar a comunicação acessível para jovens digitais não exige orçamento milionário.

Portanto, o que exige, sim, é:

O jovem já está no digital.
Contudo, pergunta é: a prefeitura também está?
E o mais importante: ela está lá do jeito certo?

Fontes:


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