
A Nova Estética Pública: Como o Design Digital Vai Impactar a Percepção do Cidadão
A nova estética pública.
O cidadão acessa o site da prefeitura em busca de uma informação simples, mas… desiste.
Encontra um layout confuso, textos mal formatados e um design ultrapassado.
Nas redes sociais, o cenário não melhora: a identidade visual muda toda semana. Por exemplo, cores, fontes e estilos variam sem padrão.
Resultado?
Desconfiança, desinteresse e baixa credibilidade. Desse modo, num mundo cada vez mais digital, a aparência da comunicação pública importa — e muito.
O design como construção de confiança institucional
Primeiramente, na iniciativa privada, a estética digital é tratada como ativo estratégico.
E no setor público, começa a surgir o mesmo entendimento:
O design impacta diretamente na percepção de eficiência, transparência e seriedade.
Cidadãos avaliam a comunicação visual da gestão como parte da entrega:
- Um site limpo e organizado transmite preparo;
- Um card com boa hierarquia visual facilita a compreensão;
- Um padrão visual coerente entre plataformas reforça autoridade institucional.
Estudos do Design Council do Reino Unido e da Open Government Partnership apontam que o design governamental está se tornando tão importante quanto o conteúdo.
Design digital não é “embelezamento”: é função pública
Sob o mesmo ponto de vista, o design digital institucional envolve:
- Tipografia acessível, por exemplo: fontes legíveis em diferentes dispositivos);
- Cores com contraste e função, ou seja, reconhece a importância para acessibilidade);
- Padronização visual (para que o público reconheça a identidade da gestão);
- Hierarquia clara de informações;
- Responsividade (funcionar bem em celular e desktop).
Boas práticas estão sendo adotadas por:
- GOV.UK Design System (Reino Unido)
- US Web Design System (EUA)
- Guia de Design Digital do Gov.br (Brasil) — https://gov.br/designsystem
Em síntese, tudo isso mostra que o design não é apenas comunicação.
É política pública.
O ponto cego: ainda há quem ache que “visual não é prioridade”
Apesar das evidências, muitos gestores ainda pensam:
“O importante é a informação, o visual é secundário.”
Mas o que essa visão ignora é que, sem um design funcional, a informação não chega.
Uma página confusa, um PDF mal diagramado, um texto sem contraste ou um card cheio de texto…
Por causa de problemas assim, as consequências são negativas:
- Frustração,
- Falta de compreensão,
- E afastamento da população.
Na prática, um design ruim não é apenas “questão estética” ou mesmo de “gosto pessoal”, pois decisões sem estratégia prejudicam o acesso ao direito.
Conclusão: A nova estética pública é simples, acessível e estratégica
Por fim, design não é luxo.
É parte da entrega de um serviço público de qualidade.
Desse modo, prefeituras, conselhos e autarquias que investirem em uma comunicação visual padronizada, acessível e coerente vão:
- Facilitar a compreensão das mensagens;
- Fortalecer a imagem institucional;
- E ganhar a confiança de públicos cada vez mais digitais e exigentes.
Acima de tudo, o universo digital, a estética é o novo cartão de visitas.
E ela começa antes mesmo do cidadão ler uma palavra.
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Fontes:
- GOV.UK Design System – https://design-system.service.gov.uk
- US Web Design System – https://designsystem.digital.gov
- Design Council UK – The Value of Design in the Public Sector – https://www.designcouncil.org.uk
- Guia de Design Digital do Governo Federal – https://gov.br/designsystem
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