Design Conversacional: Como Transformar Avisos Oficiais em Diálogos Digitais (CHATBOTS)

Com o design conversacional a ideia principal é tornar as conversas entre pessoas e sistemas digitais mais fluidas e intuitivas, como se estivéssemos conversando com outra pessoa.

O que é design conversacional — e por que ele importa?

Design conversacional é uma abordagem que aplica princípios de UX (experiência do usuário), linguagem simples e empatia para transformar informações em diálogos, especialmente nos ambientes digitais.

Muito usado em:

  • Assistentes virtuais e chatbots,
  • Aplicativos de mensagem institucional,
  • Redes sociais e plataformas de atendimento.

O objetivo é simples:
falar como as pessoas falam — e responder como elas gostariam de ser ouvidas.

E isso muda tudo.

Desse modo, órgãos públicos que adotam essa abordagem têm mais chances de:

  • Ser compreendidos de primeira;
  • Receber menos perguntas repetidas;

E principalmente, criar laços de confiança com o cidadão.

Ferramentas e IA: o reforço para transformar texto em conversa

A IA já permite que você crie fluxos de conversas simulando:

  • Dúvidas frequentes sobre serviços (Por exemplo: IPTU, vacinação, matrícula escolar);
  • Orientações práticas com perguntas e respostas simples;
  • Atendimento por bots em WhatsApp, Instagram e sites.

Plataformas como:

  • Landbot, Dialogflow (Google), ManyChat e GPT Chatbot Builder,
    ajudam a desenhar esses fluxos com visual drag-and-drop e integração com redes sociais.

Além disso, ferramentas como o ChatGPT permitem que você:

  • Converta textos formais em respostas amigáveis;
  • Simule conversas com diferentes perfis (jovens, idosos, profissionais);

Modele tom de voz conforme o canal (mais leve no Instagram, mais neutro no e-SIC, por exemplo).

O ponto cego: o excesso de formalidade ainda é o maior ruído da comunicação pública

Muitos avisos institucionais ainda usam expressões como:

“Informamos que estará em vigor, conforme legislação nº X, a obrigatoriedade de…”

Mas poucas pessoas falam ou entendem assim no dia a dia.
E o resultado é previsível: desinteresse, dúvida e, pior, ruído.

Enquanto a gestão acredita que está informando, a população está dizendo:

“Não entendi.”
“Tem um jeito mais simples?”
“Isso vale pra mim?”

Ou seja, comunicar de forma unilateral e técnica não é eficiência. É isolamento.

Conversar é comunicar. E comunicar bem é conversar direito.

Em resumo, se queremos que o cidadão entenda, confie e se engaje, precisamos parar de escrever para parecer certo e começar a escrever para ser compreendido.

Sendo assim, o design conversacional não é apenas uma moda digital.
É uma forma de devolver humanidade ao atendimento público, mesmo nos canais automatizados. Por fim, num país com milhões de pessoas com baixa escolaridade e tempo limitado, falar com clareza é também uma forma de respeito.

Design Conversacional / Fontes:

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