Conselhos de Profissões Podem se Tornar Influenciadores? Sim, e Devem.

Conselhos profissionais como influenciadores digitais? Sim, e devem.

Por exemplo: Imagine um jovem estudante de engenharia recebendo seu diploma. No meio da alegria, ele faz um post de agradecimento, marcando o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
A publicação recebeu milhares de visualizações em poucas horas. A mensagem apareceu de forma orgânica, como parte da conquista vivida pelo próprio cidadão

Sem perceber, esse estudante se tornou um microinfluenciador espontâneo. Sendo assim, muitas marcas privadas já entenderam o poder desse tipo de comunicação, a maioria dos conselhos de classes e instituições públicas ainda trata a comunicação digital como algo distante, frio e excessivamente formal.

E é aí que mora uma grande oportunidade.

De instituição a comunidade viva

Conselhos profissionais — como os de médicos, advogados, contadores e engenheiros — possuem algo extremamente valioso: uma base de pessoas naturalmente engajadas com a sua causa.

Por consequência, esse engajamento, não surge apenas da obrigação legal de se filiar. Ele é alimentado por sentimentos mais profundos, como pertencimento, orgulho e reconhecimento. Esses profissionais desejam, não apenas, valorização social, mas também representatividade, atualização constante e mais conexão com sua categoria.

Não basta apenas publicar notas oficiais ou divulgar eventos institucionais. É necessário ir além, utilizando recursos como campanhas com rostos reais, histórias inspiradoras da profissão, ações digitais com interação genuína e conteúdos que celebrem conquistas da categoria. Ou seja, quando isso acontece, o Conselho deixa de ser visto como um órgão burocrático. Ele se transforma em um símbolo de identidade, conexão e valorização para seus membros.

Campanhas com rostos reais, histórias inspiradoras, ações digitais com interação genuína e conteúdos que celebrem conquistas da categoria tornam-se ferramentas poderosas.

Marcas já entenderam isso

Empresas como Salesforce, HubSpot e RedBull constroem sua força digital de forma estratégica. Pois, em vez de falarem apenas sobre si mesmas, elas criam comunidades em torno dos seus valores【Fonte: HubSpot State of Marketing 2024】.

Por que não aplicar essa lógica ao setor público?

O que ninguém te contou

A maioria dos Conselhos ainda insiste em modelos de comunicação que não conversam com as novas gerações.

O resultado?

  • Jovens recém-formados não se sentem conectados.
  • O engajamento digital é baixíssimo.
  • A imagem institucional envelhece junto com sua base.

Enquanto isso, influenciadores informais seguem moldando a opinião pública sobre a profissão.

Na maioria das vezes, fazem isso sem qualquer participação do Conselho, em outras palavras, se a instituição não ocupa o espaço de influência, alguém vai ocupar. Logo, o problema é claro: nem sempre quem assume esse papel age com a responsabilidade que o ambiente exige.

Como transformar Conselhos em influenciadores públicos

1. Humanizar a comunicação:
Mostrar os rostos, as histórias e os desafios reais dos profissionais.

2. Trabalhar com microinfluenciadores:
Apoiar a voz de membros ativos da categoria, dando espaço para que se tornem representantes espontâneos.

3. Produzir conteúdo relevante e nativo para cada plataforma:
O que vai para o Instagram não é o mesmo que vai para o LinkedIn ou YouTube.

4. Estimular o orgulho de pertencer:
Campanhas que reforcem a importância social da profissão e a relevância do Conselho.

5. Agir com constância:
Influência não é construída com um post isolado — é com presença diária, diálogo aberto e narrativas contínuas.

Conclusão: O futuro é de quem influencia com propósito

Conselhos de classe e autarquias públicas não precisam abrir mão da seriedade para se tornarem influentes, pois eles podem ser a voz de autoridade respeitada em tempos de excesso de informação desencontrada.

O mundo mudou, para quem quiser continuar relevante, precisa aprender a comunicar como uma comunidade viva — e não apenas como uma instituição estática.

Por fim, na era digital, quem forma a narrativa forma o futuro.
E os Conselhos de Profissões podem (e devem) liderar essa transformação.

Fontes:

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