Quem dera…
Quem dera pudesse o sujeito sentar-se à frente de um computador, ou em posse de caneta ou lápis e uma folha de papel, e viesse logo uma ideia genial que desse origem à criação de um bom texto. Quem dera fosse assim! O fato é que as ideias têm vida própria, não obedecem à vontade de quem quer que seja. Vêm e vão, voam feito passarinho.
Amigas íntimas, inspiração e criação orbitam entre o amor e o ódio, em uma relação amistosa e intempestiva, mas sempre prestes a se largarem de vez, ou não, e a um triz de se entenderem e triunfarem na invenção.
É a inspiração a faculdade criadora, e é a criação – diz o dicionário – algo que se constitui do nada. Mas é mentira! A criação se constitui, sim, da inspiração. E uma boa dose de verdade sobre as duas (criação e inspiração) foi cunhada na frase de nada menos que o inventor da lâmpada, Thomas Edison, que afirmou que “o talento é 1% de inspiração e 99% de transpiração”. Há um universo de exceções e, é claro, não impedem quem quer que seja de ser criativo, genial.
Inspira, respira, inspira e respira (10x), e nada da inspiração chegar. Entre verdades e mentiras, lugares comuns e exceções, quem dera viesse logo o conteúdo para um tema brilhante e a criação, grávida da inspiração, num estalo, parisse o rebento. Quem dera…
Escrito por:
SILENE SANTOS
Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), possui pós-graduação em Globalização e Cultura pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Possui 23 anos de experiência em Comunicação Social e atua no Atendimento às contas públicas da Área Comunicação.
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